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Eduardo Castro, presidente da Assa Abloy Brasil
Nova força
Jovem, mas experiente, Eduardo Castro é o novo presidente da Assa Abloy Brasil.
O grupo Assa Abloy – uma multinacional gerada pela fusão da sueca Assa com a finlandesa Abloy – congrega no Brasil as marcas Yale, La Fonte, Papaiz, Silvana, Metálica, Udinese e Vault. Seu novo presidente local é Eduardo Castro, um líder especialista em estratégia e aquisições. Veja, a seguir, a entrevista exclusiva que ele concedeu à revista CM. Conte um pouco da sua formação e trajetória profissional. Cursei engenharia mecânica na Unesp, fiz mestrado em engenharia de materiais pela USP e MBA pela GV. Trabalhei, antes da Assa Abloy, em duas grandes empresas, uma norte-americana, no setor de automação industrial, e outra europeia, na área da indústria do aço. Por conta dessas duas oportunidades acabei como diretor geral muito cedo, aos 30 anos. Morei em cinco países [Estados Unidos, Canadá, México, Chile e Áustria]. A minha carreira, apesar da base na engenharia, sempre me conduziu para trabalhar com transformação estratégica, aquisições, e essencialmente em liderança de pessoas. Hoje o meu perfil profissional é bem generalizado, não importa muito o tipo de produto e de empresa, o meu grande desafio é transformar e fazer com que os funcionários se sintam felizes, que eles tenham um poder de realização muito grande e que a empresa, obviamente, tenha um resultado positivo com isso, beneficiando também o cliente. Como deve ser a postura de um líder? Um líder não deve se deixar levar pelo seu status. Percebo que isso é muito comum, e os resultados dessa postura não são bons. Um líder, em essência, tem que servir. Tem que estar disponível. Ele deve confiar na sua equipe e respeitar as diferenças. Aquele que consegue navegar na diversidade, sai na frente. Quando consegue fazer isso, extrai o melhor de cada um e também identifica aquilo que pode ser trabalhado para melhorar. Mas, para um líder que trabalha com pessoas e com problemas complexos, o primeiro passo é se conhecer profundamente. Saber quem é, o que o levou até ali, como reage em uma situação estressante, porquê possui determinado comportamento, o que é ou não adequado, o que o motiva. Se não se conhece ou não gosta de lidar com pessoas, tudo o que fizer soará falso. E com isso, em longo prazo, verá que ninguém o seguiu. O que disser não terá aderência. Como um líder identifica um talento dentro da equipe? O talento aparece quando você possui um ambiente de trabalho favorável. Fala-se muito em motivação, “o líder tem que motivar”. Se o líder não desmotivar, já é um grande ponto. Acredito que o líder não motiva ninguém em essência, mas ele tem que trabalhar para criar um ambiente para que a própria pessoa se motive. Pela minha experiência, o talento aparece naturalmente. Ele caminha um quilômetro além do normal. Como um líder encara uma situação de crise? Não acho que uma crise seja um problema. Se no país tudo está bem, não há crise, você tem que criar uma. O teor pejorativo da palavra assusta, é uma palavra que impacta as pessoas, mas acredito que é uma oportunidade para que busquemos o melhor de nós e eliminemos aquilo que não agrega valor. Eu tive a oportunidade de trabalhar, antes da Assa Abloy, em uma empresa europeia onde o grau de conforto e a liderança no mercado a paralisou. Minha ação principal foi criar uma crise para que as pessoas se movessem. Agora, em uma questão de sobrevivência, você precisa comunicar a todos a realidade da situação. Existem gestores, líderes, que não gostam de dividir informações, mas se as pessoas não sabem o que está acontecendo, é muito difícil conseguir uma mobilização. A comunicação é muito importante. Em alguns casos acho que a crise é usada como grande desculpa. Exemplo: uma empresa que se queixa da dificuldade de superar reveses e se desenvolver, mas que tem 15% de market share, não percebe que ainda possui 85% de oportunidade de crescimento. O bom líder não vê a crise como paralisante, mas como uma grande oportunidade. Quais são as práticas necessárias quando a crise econômica atinge uma empresa? A grande tendência é cortar. Reduzir despesas, custos. Mas é um procedimento que deve ser feito com muita cautela, e normalmente significa a paralização de investimentos. Principalmente em áreas como comunicação e marketing, o que eu considero um grande erro, assim como deixar de investir em pessoas, treinamento, qualificação. É preciso coragem para investir. E cortar coisas que não agregam valor. Outra questão é a inovação. Você sempre deve lançar produtos, serviços, soluções. Superar a expectativa do cliente. Com isso, se começa a morder uma fatia de mercado na qual não atuava, e que é possível conquistar, mesmo em um momento de crise. Como atuar para ganhar mercado e manter-se na liderança? Para se manter na liderança é importante não ser seu próprio concorrente e não tropeçar em problemas operacionais. É bom calçar os sapatos do cliente e avaliar como seria fazer negócio com a empresa que você representa. Deve-se tirar da frente tudo aquilo que causa problemas, empecilhos. Criar uma empresa simples, que ainda assim consiga ser lucrativa. Sobretudo no Brasil, com o que estamos enfrentando, vivenciamos concorrências desleais. A empresa que for saudável e ética será sinônimo de empresa sólida. E os clientes, independentemente de sua natureza, consciente ou inconscientemente, valorizam isso. A Assa Abloy está de olho no mercado propiciado pelos especificadores? Temos um diferencial no segmento de arquitetos e designers de interiores, pela questão da inovação, dos lançamentos e do suporte às especificações. Contamos com uma equipe de arquitetos que coloca muita energia neste nicho para atendê-los melhor. Nós somamos muitas marcas dentro do Brasil. Isso se traduz em uma capacidade de ofertar soluções completas. Acredito que no Brasil não temos concorrentes. A nossa presença atinge basicamente todos os canais de venda, dependendo da marca e do produto. Qual o papel do marketing no crescimento da empresa? Acredito que “quem não aparece, não existe”. Ainda mais hoje, com tantas alternativas, como as mídias sociais, para atender canais muito específicos, é essencial utilizar essas ferramentas de maneira estratégica. O marketing é importantíssimo para comunicar aos clientes nossos pontos fortes e gerar uma demanda que eles nem percebem precisar. Há procedimentos, alternativas para realizar essas ações. Estamos concluindo um estudo, com duas marcas nossas, onde treinamos pessoas-chave dentro da empresa para lidar com uma variedade enorme de clientes, explicando as características dos produtos. Essa ação vai fazer com que a informação retorne e seja possível redefinir nossas estratégias. Isso também é uma ferramenta de marketing. O marketing alinha a empresa com o que o cliente precisa. Quais são seus hobbies e como é o seu cotidiano? Acordo muito cedo, tenho duas filhas pequenas e uma esposa linda. Sempre fui esportista, nadei muito, joguei vôlei, mas hoje jogo pádel, muito comum no sul do Brasil – morei na região por sete anos, inclusive lá conheci minha esposa. Além disso, eu medito. Tento meditar todos os dias, no início da manhã, e é o que me traz ao centro e me ajuda a trabalhar o ego, um dos meus objetivos. Isso não só traz calma, mas também clareza às ações, no âmbito pessoal ou no profissional.
“Para se manter na liderança é importante não ser seu próprio concorrente e não tropeçar em problemas operacionais”.
Eduardo Castro
Imagem divulgação Por Gabriel Alves Matéria publicada em Revista CM edição 177Faça o download do app CM e tenha acesso à todas as edições!



Amanda Manda 12/08/2021 at 11:52 pm
Passando no seu site novamente…
Você ja passou no meu?
Aguardo.