De frente para um lago artificial, casa ganha um arrojado mirante.
Dividida em três andares sustentados por 16 pilares, a casa respeita a topografia inclinada do terreno. No patamar intermediário, uma passarela de 10 m sai da piscina (revestida de pedra mineira) e se expande para o horizonte, formando um mirante. O projeto também aposta na sustentabilidade: é possível ver painéis solares e boilers sobre a laje.
“A casa possui raízes modernistas fortes – como o uso intensivo de brises, planta e fachada livre – e propõe relações com a vista, com a natureza, através do mirante”. FGMF
Uma casa mirante – essa foi a proposta do escritório FGMF para um casal e seus filhos pequenos. Alocada em um terreno bastante inclinado de 900 m² , em São Paulo, a residência de 815 m² construídos tem arquitetura contemporânea, mas com raízes modernistas. Com três andares, tem sistema construtivo baseado em perfis pesados de aço carbono, com lajes de concreto sobrepostas e fachada predominantemente composta por painéis de vidro e ostensivo – e arrojado – uso de brises metálicos. “Seu destaque, porém, é o mirante com vista para o lago artificial do condomínio. A própria inclinação do terreno proporcionou sua formação”, explicam. A casa também é sustentável: conta com sistema de irrigação baseado na coleta de água da chuva, aquecimento solar, paredes com blocos de cimento celular autoclavado, para proteção térmica, e ventilação cruzada na maior parte dos ambientes.
Toda a casa está cercada por brises metálicos. Estes somam 4.800 kg e não encostam no chão, sendo soldados em uma estrutura auxiliar, galvanizada. O emprego do vidro (PKO), muitas vezes do piso ao teto, é outro dos elementos-chave do projeto. A parte superior da casa foi coroada por um volume escuro, de aço e concreto. A residência é descrita como “quase espartana” pelos profissionais.
Uma escadaria de concreto, com guarda-corpo de vidro, leva ao último pavimento, onde se encontram a suíte máster com varanda e três quartos com jardins. A casa quase não tem barreiras e conta com grandes perfis envidraçados, para favorecer a iluminação natural e a vista.
Passarelas interligam os cômodos da casa – que, no piso intermediário, se dividem entre a cozinha, área de serviço, salas, varanda gourmet e piscina –, com paisagismo de Juliana Freitas.
Na planta, note como a inclinação do terreno foi respeitada. No pavimento inferior encontram-se escritório, home theater, adega e quarto de hóspedes. O mirante se projeta para o nordeste.
Integrado ao jantar, o living é confortável, com grande sofá em L, de Marcus Ferreira, e toque colorido do tapete geométrico (by Kamy). A mesa lateral, com linguagem que também trabalha a transparência (Amélia Tarozzo). Algumas vigas metálicas receberam calhas iluminadas, desenhadas por Guinter Parchalk. As esquadrias são de alumínio (a Inovar).
Para aquecer os dias frios, a lareira foi alocada na lateral do estar – junto às cadeiras Oscar com encosto em palhinha, de Sergio Rodrigues (Dpot) –, seguindo a linearidade do brise. Este tem vãos, a modo de janelas.
Com passarela que passa pela piscina e se projeta para a vista, o mirante traz a paisagem mais para perto. O guarda-corpo, de vidro, propicia toda uma experiência sensorial.
Marcos goes 21/11/2020 at 12:13 pm
Ótimo trabalho!
Após perder muito tempo na internet encontrei esse blog
que tinha o que tanto procurava.
Parabéns, Gostei muito.
Meu muito obrigado!!!