A icônica fachada da casa de espetáculos Great Amber Concert Hall
O mar Báltico foi o lar dos Vikings, os guerreiros nórdicos que exploraram grande parte da Europa entre os séculos VIII e XI. Hoje, funciona como um importante elo entre nove países, ligando cidades como Estocolmo (Suécia), São Petesburgo (Rússia) e Helsinque (Finlândia). Na Letônia, o centro portuário fica em Liepaja, uma cidade de 80 mil habitantes que acaba de ganhar uma casa de espetáculos monolítica, às margens do Báltico.
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Batizada de Great Amber Concert Hall, é assinada pelo arquiteto austríaco Volker Giencke. Ele ganhou o concurso feito especialmente para eleger o melhor projeto. “O prédio tem forma de um cone levemente contorcido com uma fachada âmbar transparente, que envelopa a estrutura de aço”, explica o profissional. Com sete andares, além de dois subsolos, a estrutura alcança 30 metros de altura. Ao todo, são 82 mil m² de área construída no terreno de 16 mil m². Vale lembrar que a Letônia, juntamente com a Estônia e a Lituânia (todas na região do Báltico), tem as maiores reservas de âmbar do planeta. Trata-se de uma resina fóssil que é uma espécie de símbolo local.
Nos interiores do edifício, Volker criou espaços versáteis, que podem receber congressos, exposições e eventos em geral. Mas a sala de espetáculos recheia a maior parte do projeto, com um volume de mais de 11 mil m³. Com mais de mil assentos para os espectadores, o local é rodeado por salas destinadas ao estudo e à produção de música. Entre os demais ambientes, também há uma segunda sala feita para apresentações menores, com 180 assentos e um volume de 1.200 m³.
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Foto: Indrikis Sturmanis[/caption] [caption id="attachment_3993" align="aligncenter" width="726"]

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Foto: Indrikis Sturmanis[/caption]
Por fora, a fachada que mudou o cenário da região portuária da cidade desenvolve diferentes funções. “Durante o dia, permite a entrada dos raios solares, banhando os ambientes internos com uma luz acolhedora, filtrada pelo tom âmbar do vidro. À noite, faz com que o prédio se transforme em um elemento transparente, vivo e luminoso, deixando seu interior visível para quem passa pelo entorno”, assinala Volker.
Imagens: Indrikis Sturmanis
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