Seringueira cultivada
História reciclada
Até então usada para a extração do látex, a seringueira cultivada aqui no Brasil acabava virando lenha ao completar 35 anos – tempo do ciclo de produção da borracha; mas isso depois de ser derrubada para dar lugar ao plantio de novas mudas. De tonalidade clara, resistente e muito durável, ela pode ser aproveitada na produção de mobiliário como se pode constatar nas peças desenvolvidas pelos designers Paulo Alves, Fernando Jaeger, Zanini de Zanine, André Cruz e os irmãos Sergio Fahrer e Jack Fahrer, a convite da Madeibor – madeireira especializada no plantio e na extração dessa madeira – idealizadora do Projeto Seringueira. Com o intuito de resgatar a sua importância, que se perdeu desde o século 19, quando os ingleses sequestraram nossas sementes, únicas no mundo até então, a Madeibor estabeleceu-se no Noroeste do estado de São Paulo para viabilizar o seu aproveitamento. A ideia surgiu com as viagens de Fernando Genova, presidente da empresa, ao continente asiático, tradicional produtor de borracha natural. Foram seis anos de pesquisa e um investimento de mais de R$ 4 milhões. madeibor.com.br
1. Namoradeira Barney e Beth com acabamento à base de água. Assinado por Paulo Alves: marcenariasp.com.br
2. Cadeira com pés torneados e encosto com linhas curvas que fazem referência ao desenho do estádio Pacaembu, visto de cima. Dos designers Sergio e Jack Fahrer: sergiofahrer.com.br
3. Banco Prisma com base e assento de seringueira, de Zanini de Zanine: studiozanini.com.br
4. Mesas laterais linha Cilindros com base de concreto texturizado e tampo de seringueira, criado por André Cruz: andrecruz.com.br
Matéria publicada na edição 83.