Peças assinadas se misturam com coleção de objetos dos moradores em projeto contemporâneo
Peças assinadas se misturam com coleção de objetos dos moradores em projeto contemporâneo

Quando os jovens recém-casados adquiriram o primeiro imóvel para iniciar a vida a dois, imediatamente sabiam quem chamariam para transformar o apartamento de 400 m² em Higienópolis em lar. Filho de uma família com a qual o arquiteto Toninho Noronha mantinha relações profissionais há muitos anos, quando se casou, recorreu a quem já confiava para traduzir e concretizar seus desejos nessa nova fase.

Com grande interesse por arquitetura, o casal participou ativamente do projeto, fazendo pesquisas e apresentando referências. “Considero a participação do cliente fundamental; não consigo criar se não o tenho como bússola para me guiar em suas vontades e preferências. Essa troca é essencial”, afirma Toninho.3

Juntamente com o arquiteto Renato Andrade, ele começou o trabalho ainda na planta para atender a todos os pedidos. O principal deles era ter todos os ambientes da área social totalmente integrados, pois os dois adoram receber os amigos e dar festas em casa, então queriam que a circulação fosse facilitada. Toninho então removeu todas as paredes do living e reorganizou o layout do estar.
No entanto, como o espaço era muito amplo, o arquiteto demarcou cada ambiente. “Faço essa definição com os próprios móveis e também com divisórias falsas, ou pseudoparedes, que é um recurso que gosto muito”, diz. Tais paredes soltas foram colocadas estrategicamente em toda a área social, feitas em marcenaria com acabamento de laca. Como não vão até o teto, terminando um pouco antes do forro, elas cumprem a função de delimitar os ambientes – living, sala de almoço, sala de jantar e home theater – sem separá-los e ainda tornando a integração espacial organizada.

Outra importante intervenção é a união da varanda à área interna. Com formato de um L, ela contorna o living e antes chegava até a churrasqueira ao lado da cozinha. A primeira parte foi fechada com vidro, permitindo o uso de qualquer tipo de mobiliário. Já o segmento menor incorporou-se ao interior, e se transformou em uma sala de almoço, entre jantar e cozinha. “Não dá para perceber que o espaço já foi parte da varanda”, ressalta.

O projeto previu a instalação de portas de correr apenas em torno da sala de jantar, separando-a da sala de almoço e oferecendo a opção de mais privacidade quando desejado. Outro recurso utilizado no design de interiores foi o forro de gesso que auxilia na luminotécnica executada pela Lumini. A iluminação inclui embutidos e fitas de LED nos cortineiros criando luz indireta. Luminárias de chão e de mesa em cada ambiente completam a proposta.

FOTOS Kiko Masuda e Valentino Fialdini
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