Antes mesmo de designer de interiores ser um termo comum, Sérgio Apollonio firmou-se no mercado com projetos personalizados
Antes mesmo de designer de interiores ser um termo comum,
Sérgio Apollonio firmou-se no mercado com projetos personalizados
O início na profissão: sou um autodidata. Descobri-me no design de interiores ainda criança, projetando meu próprio quarto, com aproximadamente 14 anos. Nesses tempos, atendia solicitações de amigos e parentes de meus pais, para esclarecer dúvidas de pequenas acomodações.
Perfil dos clientes: pessoas que procuram projetos personalizados.
Regiões onde mais atua: varia muito. Tenho trabalhos na capital e cidades do interior do Estado, com destaque para a região do ABC.
Estilo que adota: não tenho estilo, depende da época, da minha criação e inspiração. Meu estilo geralmente vem das tendências e perfil dos clientes.
Materiais: não tenho preferência por materiais específicos; trabalho com aquele que o design exigir.
Cores: tons combinados, coordenados e, atualmente, tenho gostado de usar cores contrastantes.
Decoração ideal: para mim é aquela que foge da mesmice, que não tem cara de mostra de design ou o estilo padronizado de loja de decoração.
A primeira entrevista: prefiro que seja feita na casa do próprio cliente, pois essa informalidade facilita a aproximação entre as partes. Não tem custo.
Sobre Sérgio Apollonio: como faço um trabalho 80% personalizado, é importante o cliente saber que não posso trabalhar com marcenarias com fabricação pré-modulada.
Custo: não cobro o projeto por metro quadrado, e sim pelo que ele venha representar como um todo.
Às compras: sempre saio com o cliente para fazer as com – pras para o projeto, inclusive uma das minhas exigências é que ele esteja comigo nesses momentos. As escolhas de acabamentos, peças de mobiliário, arte e objetos decorativos são feitas com minhas sugestões, mas compartilhadas com o cliente.
Apresentação do projeto: geralmente as construtoras fornecem plantas baixas do imóvel, incluindo elétrica, iluminação e hidráulica, demonstrando colunas e vigas em escala 1:50. Eu sempre prefiro trabalhar numa escala de 1:25. Os projetos de detalhamento de móveis e acabamentos são apresentados com vistas frontais e laterais e, quando o cliente sentir necessidade da compreensão de maiores detalhes, forneço o projeto em AutoCAD.
Desafios: atualmente, o maior está na mão de obra, que no Brasil é uma das mais caras do mundo e a pior em execução.
FOTOS J. Vilhora e Benino Paino