design | Museu A CASA

A partir do dia 8 de outubro, o Museu A CASA do Objeto Brasileiro inaugura em sua sede, em Pinheiros, uma exposição com 22 objetos de todas as regiões do Brasil. A mostra traz os vencedores e menções honrosas do 8º Prêmio Objeto Brasileiro, evento que tem como objetivo premiar e destacar o melhor da produção artesanal e do design contemporâneo no Brasil. “Este é um movimento que mobiliza o setor artesanal, incentiva a troca de saberes e nos permite conhecer projetos inovadores e carregados de brasilidade. E agora temos o prazer de poder voltar com uma mostra presencial, depois da última ter sido online por conta da pandemia”, afirma Renata Mellão, diretora da instituição.

Dividido nas categorias Autoral, Coletiva e Socioambiental, o Prêmio recebeu cerca de 180 inscrições de artesãos, cooperativas, grupos, associações, designers e até estudantes que veem no evento uma chance de trazer visibilidade e credibilidade para suas criações. “Neste ano, nós tivemos bancos, cadeiras, luminárias, fotografias, vasos, vestuário, acessórios de moda, entre outros objetos com os mais variados tipos de técnicas e materiais. Fazer esta seleção diante de uma diversidade tão grande não foi um trabalho fácil para o júri”, revela Renata.

Os convidados deste ano foram os designers Paulo Alves e Rodrigo Ambrósio, além da antropóloga e professora universitária Sonia Carbonel. A seleção do júri foi feita em duas fases, a primeira individual e, em um segundo momento, em grupo, quando eles se reuniram para discutir suas escolhas. “Foi bom poder ver que, mesmo durante a pandemia, a produção criativa brasileira continuou forte”, diz Sonia.

Participando pela primeira vez, o designer cearense Leo Ferreiro, foi um dos vencedores da Categoria de Produção Autoral com a Cadeira Caré, objeto inspirado nas jangadas, embarcações presente no imaginário popular e um dos símbolos de Fortaleza, Ceará. Inspirada na estrutura desses barcos, a obra foi concebida a partir de um sistema estrutural de encaixes de madeira e cordas tracionadas. “Os encaixes se mantêm no lugar por estarem comprimidos por uma corda náutica que é conectada à estrutura de madeira e torcida por um sistema de torniquete”, completa Ferreiro.

Da cidade de Goiás, há pouco mais de 140km de distância da capital Goiânia, a  Associação Mulheres Coralinas se destaca na cerâmica na Categoria de Produção Coletiva. O grupo é composto por  mais de 70 mulheres que se dividem em artesãs do barro, bordado, poesia e gastronomia. Em parceria com o designer Marcus Camargo, elas desenvolveram uma linha de espelhos, centro de mesa, bules e potes de terracota. Por fim, na categoria de Ação Socioambiental, destacam-se dois projetos com trançados e cestarias indígenas e outro de costura realizado com mulheres detentas da unidade prisional de Luziânia, em Goiás.

A exposição poderá ser vista até o dia 27 de novembro, na sede do Museu A CASA, na Avenida Pedroso de Morais, 1216, em Pinheiros, São Paulo, SP, de terça a domingo, das 10h às 18h30. A entrada é gratuita.

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