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Renato Savieri, da Gaurdian, fala sobre o desafio de um lider em saber aproveitar os diferentes talentos

Se a televisão brasileira perdeu um futuro apresentador, a indústria ganhou um líder disposto a entender e a valorizar as competências individuais dentro de cada equipe. Ao se formar em rádio e TV, em 2003, Renato Sivieri tinha traçado uma carreira diferente para si, seguindo sua paixão pela música; mas, ao se deparar com uma boa proposta para uma área completamente diferente, decidiu topar o desafio e hoje é gerente de marketing da Guardian, uma das maiores fabricantes mundiais de vidros e espelhos. No Brasil desde 1994, a companhia norte-americana conta com duas fábricas em território brasileiro – uma em Porto Real (RJ), outra em Tatuí (SP), além de um centro de distribuição em Fortaleza (CE). Trazendo a energia da juventude e o entusiasmo para enfrentar desafios, Renato concedeu esta entrevista, na qual conta as principais estratégias da empresa para se manter na liderança, já que foi eleita pelo 13º ano consecutivo Top of Mind nas categorias de marca de vidro em geral, vidro impresso e espelho em pesquisa realizada pelo Datafolha, junto a especificadores, para a revista CM.

 

Conte um pouco sobre a sua trajetória. Nasci em São Paulo e cursei rádio e TV na Universidade São Judas Tadeu. No final do curso, trabalhava na TV Cultura e queria ser apresentador. Como tenho uma paixão muito grande por música, queria atuar com isso e até fiz alguns testes para apresentar um programa, mas recebi um convite da Saint-Gobain para participar de um processo seletivo. Foi um divisor de águas para mim. A proposta era muito boa, mas ir para a indústria era um plano diferente para a minha carreira. Tomei coragem e, para minha surpresa, me adaptei muito bem. Em 2006, complementei a minha formação com um curso de propaganda e marketing na Universidade Paulista [Unip]. Três anos depois, fiz um MBA em marketing na Escola Superior de Propaganda e Marketing [ESPM].

 

Quando começou na Guardian? Em 2013, como responsável pelo portfólio de produtos do segmento residencial. Depois, assumi outras atividades, de comunicação à inteligência de mercado, passando a atendimento ao cliente. O que é ser um líder? É buscar um objetivo, mas sabendo propiciar para quem está ao redor as mesmas oportunidades. Sou uma pessoa bastante ambiciosa, mas, ao mesmo tempo, consigo cumprir essa missão de me preocupar com o próximo com uma postura idônea, fazendo com que essas pessoas também se desenvolvam. Isso é ser um bom líder.

 

Como um líder identifica um talento? Com muita sensibilidade e observação.  Às vezes, uma pessoa da equipe tem uma série de aptidões, mas executa uma atividade para a qual não entrega o melhor de si. Porém, se potencializarmos os canais nos quais flui de maneira natural, ela pode ser um talento. Procurar entender o profissional com sinceridade permite colocar as peças certas no lugar certo.

 

Qual o principal desafio de um líder? É desenvolver quem está ao seu redor, porque as pessoas são diferentes e temos que saber lidar com elas de maneira inteligente. Se eu tenho em minha equipe uma pessoa mais criativa ou mais expansiva, muitas vezes preciso de outras mais organizadas ou metódicas. Esse é um dos principais desafios, saber que a pessoa com características distintas tem um valor enorme e é fundamental para a equipe alcançar o sucesso. Entender essas diferenças e saber valoriza-las é uma batalha constante.

 

Como gerenciar crises? A criatividade e o otimismo são as chaves. Durante esses períodos, muitas vezes, temos que absorver uma série de tarefas diferentes, fazer mais com menos tempo e com a mesma qualidade. Com flexibilidade é possível enfrentar esse tipo de momento e garantir que o resultado esteja alinhado com a expectativa.

 

Qual o segredo da empresa para liderar o mercado e se manter nessa posição? Acima de tudo, é a qualidade. Por isso, buscamos oferecer produtos muito alinhados com o que comunicamos. Temos todo o cuidado com o processo fabril, com os testes de qualidade, o rigor na hora de avaliar problemas, ou seja, tudo isso para entregar o melhor produto possível para o cliente. Esse é um compromisso forte da Guardian.

 

Como o brasileiro vê o uso do vidro em relação aos demais países? Há espaço para crescer? Quando comparamos os números do consumo de vidro per capta de países europeus e dos Estados Unidos com os do Brasil, enxergamos muito espaço para o crescimento. Estamos trabalhando por meio de palestras e apoio técnico ao mercado com o intuito de disseminar a versatilidade e as inúmeras possibilidades tecnológicas e criativas do vidro.

 

Como o marketing pode ajudar no crescimento da empresa? O objetivo do marketing é antecipar as necessidades dos nossos clientes e traduzir seus desejos em produtos e serviços. Além disso, procuramos apoiar o time comercial para oferecer ao mercado um atendimento ágil e parceiro, fornecendo ferramentas inovadoras que tornem seu dia a dia mais produtivo.

 

Como funciona o desenvolvimento de novos produtos? Estamos sempre atentos ao surgimento de novas tecnologias e tendências de consumo. Com essas informações, a Guardian procura estar sempre à frente, no intuito de oferecer soluções ao mercado. Nossos últimos lançamentos, os produtos Chrome, Blue e Neutral, da linha Sunguard, são um bom exemplo desse trabalho, que compreende o desejo do mercado brasileiro por uma estética de cor impecável com alta performance. A Guardian desenvolveu produtos que se adéquam aos padrões de incidência de luz do Brasil, garantindo com isso eficiência e performance alinhadas aos mercados de arquitetura comercial e residencial.

 

A Guardian prevê lançamentos em 2016? Devemos ter novidades. Ainda há produtos em desenvolvimento, por isso, não estamos divulgando, mas, no primeiro trimestre continuaremos forte na campanha do produto espelho, que é o nosso carro-chefe. Já no segundo semestre teremos muitas novidades para o mercado de interiores e decoração, reforçando os produtos para arquitetura.

 

Qual a importância da sustentabilidade para a Guardian? A preocupação com o meio ambiente e o impacto de tudo que a Guardian produz está entre as nossas prioridades. Fazemos investimentos para otimizar o reaproveitamento de água e de caco de vidro no processo produtivo, reduzindo assim o impacto causado pela geração de dejetos e também evitando desperdícios.

 

Como é o relacionamento da empresa com os especificadores? Esse é o nosso grande trunfo. Temos um corpo técnico maduro, que está presente nas principais regiões do país, e uma relação de parceria com os profissionais. Nossos técnicos estão sempre disponíveis para participar no processo de especificação dos produtos, acompanhando qualquer mudança no período de obra. É um time experiente e criativo, que nos propiciou ter ao longo do tempo uma relação muito boa com os arquitetos e designers de interiores. Quais são os seus hobbies? Gosto muito de música eletrônica e sou DJ de fim de semana, tocando em algumas festas. Também curto vídeo game e adoro ficar com meus dois cachorros. Gosto muito de rotina, então estabeleço horários para dormir e para correr, que é uma das coisas que faço para aliviar a cabeça e voltar criativo na segunda-feira. Tenho um lado jovem que não vai morrer nunca.

 

Foto: Eder Bruscagin

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